Come?o do fim.
) @9 m, r% R6 D, b3 U7 z$ | Com o fracasso de Recife, imaginou-se que a revolta recebera o golpe de misericórdia. Era engano. Inflamados pela causa, os rebeldes buscaram novamente reorganizar-se. De Recife seguiram para Igara?u e Pasmado, onde entraram a 5 de fevereiro, procurando reabastecer-se de muni??es e alimentos pela violência - era o desespero da derrota.. S$ l' g, p& D/ y8 h2 b" \( E1 H
Perseguidos pelo Exército, as tropas da coluna do norte penetraram na Paraíba, fazendo depreda??es e espalhando o medo. As sucessivas derrotas fizeram com que a maioria dos líderes desertasse e fugisse para o sul do país, apesar do esfor?o obstinado de Borges da Fonseca para incentivá-los a prosseguir na luta. Acuado, o líder revolucionário resolveu refugiar-se com um pequeno bando em Cabo, onde foi surpreendido, preso e conduzido para Recife em 31 de maio, tendo-se desbaratado a coluna do norte., {- z q0 c2 J
A coluna do sul teve o mesmo fim. O Capit?o Pedro Ivo Veloso da Silveira dirigiu-se para água Preta. Desprovido de recursos e abandonado por seus principais colaboradores, embrenhou-se pelo sert?o, numa luta de guerrilhas que o tornou famoso, cantado pelos poetas da época. Vagou sem rumo por mais de um ano. Afinal, aconselhado pelo pai, resolveu entregar-se ao governo da Bahia. Foi mandado preso para o Forte da Lage do Rio, mas conseguiu evadir-se e embarcar para o exterior num navio estrangeiro em 19 de abril de 1851. Durante a viagem, morreu.! @. k( b8 ?/ c# D$ I7 x& s1 h
Vários chefes praieiros enfrentaram pris?o e processo, sendo que Borges da Fonseca, Jer?nimo Vilela de Castro Tavares, Bernardo José da Camara e o General José Inácio de Abreu e Lima receberam a pris?o perpétua em Fernando de Noronha, sendo anistiados em 1852 por decis?o de D. Pedro II.$ A0 ^* u$ ^+ O# ^; D; X
Cessara a última revolta política em protesto contra as muta??es ministeriais do segundo reinado, gra?as à efetiva participa??o das for?as terrestres. Em 1852, foram anistiados os praieiros condenados. A revolta havia ceifado milhares de vidas e provocado perdas materiais enormes.
6 h5 Q. {4 d! w, M' p# t8 @3 O Mais importante que o relato de minúcias do combate s?o as reflex?es sobre o plano de ataque e defesa, narrados por Figueira de Melo na sua citada Cr?nica:5 U- U1 Z3 H& t, ?6 B! n% b
"Se agora quisermos avaliar o modo pelo qual fora atacada ou defendida a cidade de Recife n?o podemos deixar de reconhecer que se deram erros graves e importantes tanto da parte do governo como da parte dos revoltosos.
( [/ ~: U* j' `) T "Da parte do governo notaremos como primeiro erro o haverem-se estendido tanto as linhas de defesa da cidade que era impossível que os pontos se n?o enfraquecessem e que as respectivas for?as legais se pudessem mutuamente socorrer em caso de urgência e combinar os seus meios de resistência, de sorte que daí resultou que os rebeldes, achando estes pontos mal defendidos e guarnecidos facilmente os tomaram ou puderam passar por eles sem grande perigo (...) "Da parte dos rebeldes sup?e-se geralmente que se houvessem reunido com todas as suas for?as em uma só coluna e entrado assim na cidade em vez de se dispersarem nela em grupos, n?o teriam encontrado nas for?as legais, disseminadas por diversos pontos, resistência suficiente para detê-los; e que no caso de marcharem direto ao Palácio do Governo conseguiriam facilmente tomá-lo e se apossariam depois de toda a cidade pelo desanimo que tal acontecimento incutiria necessariamente nos seus defensores. Um segundo fator que também cumpre n?o esquecer é a covardia da coluna da Soledade que em vez de combater se p?s a roubar as casas do bairro que tivera a desgra?a de sofrer sua presen?a." |