A retomada de Belém trouxe novo animo às autoridades governamentais que estavam empenhadas na opera??o mais demorada - livrar a popula??o dos saques de grupos rebeldes que infestavam o interior, inclusive Marajó. No interior, o cabano sentia-se à vontade e, muitas vezes, contava com o auxílio do povo, por coa??o ou por identidade de propósitos. Somavam-se a este fato as condi??es hostis do meio físico que dificultavam a opera??o das unidades legais.
$ }; C7 e- t& a r% o7 _Conhecedor dos problemas da regi?o, Andréa solicitou ao governo central os meios necessários ao restabelecimento da normalidade na Província, buscando com providências acertadas promover a prosperidade local. Com tropas insuficientes, em número e qualidade, com equipamento e armamento deficiente e necessitando de barcos a vapor para aumentar a mobilidade das for?as, mesmo assim lan?ou-se contra os derradeiros focos subversivos. Iniciou o reconhecimento e a busca de informa??es sobre as concentra??es rebeldes, sabendo assim que o principal grupo, comandado por Angelim, se estabelecera em Turi, às margens do Acará; em Marajó, bem como em Breves, em Almeirim e em outras localidades do Baixo Amazonas os guerrilheiros haviam sido batidos. Organizaram-se várias expedi??es que obtiveram sucesso, como em Moju e Boca do Acará, por exemplo, sem contudo conseguir eliminar Angelim e o numeroso grupo. O lento desenrolar destas opera??es preocupou o governo provincial, levando-o a reclamar junto ao Ministro da Guerra o estabelecimento de prefeituras militares, de comandancias e de subcomandancias em várias localidades (como Rio Negro, Santarém e outras) e o envio de oficiais superiores para a Província. Em agosto, os insurretos foram derrotados em Marajó, novamente, e na vila do Rio Negro, em opera??es combinadas com a Esquadra. A vila de Oeiras foi retomada.
* ~+ J: G7 \' T$ b) J( IPris?o de Angelim.
1 h o! F. G/ w3 w1 G5 b4 YEm fins de agosto e no princípio de setembro chegaram informa??es sobre o grupo de Angelim, homiziado em Acará e refor?ado com elementos de Félix Gon?alves e Manuel Maria. Seguindo instru??es do Presidente, as for?as legais montaram uma opera??o conjunta para exterminar de vez os sediciosos. Cuidadosamente planejado e executado, o envolvimento dos cabanos ocorreu no vale do rio Pequeno, nas proximidades do lago Porto Real, onde Angelim e outros chefes foram aprisionados, a 20 de outubro de 1836. A opera??o infligiu grandes perdas ao movimento, sendo que muitos de seus membros desertaram.
* x' l( P8 k {4 c' p0 r$ ~4 cProlongada pacifica??o.
$ h- W3 |- r, l" [As opera??es de limpeza continuaram. Em dezembro Santarém foi retomada. Novas preocupa??es passaram a afligir as autoridades provinciais em 1836 - o apoio emprestado aos revoltosos pelos franceses. De fato, como a Fran?a reivindicava grande parte do território setentrional da Província do Gr?o-Pará, uma possível sucess?o só poderia favorecer as pretens?es francesas. A Cabanagem, por isso, representou um sério perigo para a integridade nacional.; [( E+ l$ K4 I% |3 G' q
No decorrer dos anos de 1837 e 38 prosseguiram as opera??es contra os derradeiros focos rebeldes, em plena desintegra??o. O Brigadeiro Andréa, em abril de 1839 transmitiu o cargo ao novo Presidente nomeado, Dr. Bernardo Sousa Franco, paraense filiado à corrente liberal e que procurou obter a concilia??o, embora prosseguissem as opera??es militares. Apesar de conseguir anistia para os sediciosos, estes continuaram a agitar o interior da Província.- n% P$ T2 V' G% h
Em fevereiro de 1840 assumiu a presidência o Dr. Jo?o Ant?nio de Miranda. Dotado de espírito conciliador, conseguiu desativar inúmeros focos, incorporando os cabanos à comunidade paraense e incentivando as atividades econ?micas. |