O movimento n?o morreria no nascedouro, como muitos supunham. Chegara a Recife o Deputado Joaquim Nunes Machado, que gozava de grande popularidade entre os praieiros e era considerado o chefe mais importante dos liberais, na área. Sua entrada em cena assegurava aos insurretos o estimulo que necessitavam. Aglutinados em torno do líder, novos contingentes concentraram-se, desta vez nas matas de Catucá, onde se destacava a figura de Ant?nio Borges da Fonseca, jornalista e revolucionário; para alguns era um herói; para outros, um impostor. Combateu a princípio os praieiros, mas filiou-se a eles no final de 1848. Panfletário, dirigiu diversos periódicos revolucionários, especialmente O Repúblico. Redigiu o manifesto, lan?ado em 10 de janeiro de 1849, anunciando os propósitos dos chefes praieiros quanto ao movimento.
' ~( E3 V p7 A" ? Em Catucá, as for?as do Exército enfrentavam com enormes dificuldades as opera??es de guerrilha dos praieiros mas enfim conseguiram expulsá-los da regi?o (11 de dezembro de 1848). Pressionados, os revoltosos resolveram retirar-se para Goiana e em seguida para novo acampamento, em Igara?u.- W. J L; l7 v0 e9 A V
O governo imperial come?ava a preocupar-se com a revolta e resolveu nomear o Dr. Manuel Vieira Tosta (depois Marquês de Muritiba), Presidente da Província. Para obter a pacifica??o e evitar o derramamento de sangue Tosta fez uma proclama??o aos pernambucanos, assegurando-lhes tratamento justo e oferecendo-lhes perd?o. Para o Comando das Armas e das for?as em opera??o a escolha havia recaído no Brigadeiro José Joaquim Coelho (depois Bar?o da Vitória).
: G% k! e- E7 D8 R _ A resposta liberal foi pronta: os chefes praieiros divulgaram pela imprensa artigos em que contestavam os propósitos do novo Presidente. Tosta procurou agir com serenidade e firmeza. Os praieiros, exaltados, come?aram a se reunir em água Preta, planejando atacar Recife com cerca de 2 mil homens.
N' o N" {) G# s O Brigadeiro Coelho dirigiu suas for?as contra os praieiros derrotando-os em Cruangi em 20 de dezembro de 1848.7 o. ?; b& V, j4 z( f& {
Combate de Recife (Fig 2).
' |6 w8 z! w) F+ W% Z; c3 X0 V6 f Na manh? de 2 de fevereiro de 1849, os rebeldes investiram com todas as suas for?as contra a capital da Província. A defesa, organizada pelo Coronel Amorim Bezerra, resistiu desesperadamente nas ruas e pra?as. Os entrechoques eram violentos; as for?as legais n?o tinham confian?a no êxito da luta. Ent?o o Brigadeiro Coelho, no encal?o dos rebeldes, conseguiu colhê-los pela retaguarda, na praia. Morto Nunes Machado, participante do ataque ao quartel de Soledade e figura de grande prestígio entre os praieiros, os revoltosos perderam o ímpeto e resolveram retirar-se. Era uma nova vitória das for?as do Exército. Encontravam-se na área 10 navios da Esquadra (capitania a fragata Constitui??o) sob o comando do Capit?o-de-Fragata Joaquim José Ignácio, que tiveram oportunidade de participar da luta. Estava presente também por casualidade, o Capit?o-de-Mar-e-Guerra Joaquim Marques Lisboa, que n?o titubeou em entrar no combate. Contingentes de marinheiros e fuzileiros desembarcaram para participar da defesa de Recife. Nesse combate distinguiram-se os jovens Tenentes José da Costa Azevedo (depois Bar?o do Ladário) e Elisiário Ant?nio dos Santos (depois Bar?o de Angra). |