Eu quero ser cientista!" Quantas vezes pais e mestres já n?o ouviram essa frase dos pimpolhos mais estudiosos? Com sonhos de glamour, esses pequenos cientistas muitas vezes imaginam que a vida nos laboratórios é uma divers?o sem fim: misturar líquidos coloridos e borbulhantes, descobrir a existência de insetos fantásticos, inventar novos sabores de sorvete.
7 Y: F! [" N) X6 [+ E Nada disso. A ciência feita no dia-a-dia é muitas vezes um tédio. Veja o caso da bióloga paulistana Luisa Hiller, que trabalha num imponente laboratório de microbiologia celular em Chicago. Sua primeira fun??o foi localizar proteínas num glóbulo vermelho. Achar até que foi fácil. Duro mesmo foi repetir o procedimento por três meses para que o resultado fosse aceito cientificamente.
: y4 h/ X' Q" e+ [ "é extremamente tedioso e até frustrante", diz ela. "E nem dá para torcer para que mude alguma coisa. Porque, se mudar, ou você errou ou a teoria tem furo." Mas, a julgar por alguns de seus colegas cientistas, Luisa até que se deu bem. Confira abaixo alguns empregos científicos bem piores, listados pela revista Popular Science.$ I) }5 u% F6 [# L, |
1. ZELADOR INTERPLANETáRIO
: c9 U7 m# S. ]. x- e Trabalho: evitar contamina??o biológica da Terra por objetos vindos de outros planetas – e de outros planetas por objetos daqui
7 l8 M& ?" L2 B: Z Procedimento: entre outras coisas, manter pedras de Marte em quarentena e ferver todos os instrumentos que deixar?o o planeta em temperaturas de até 111 °C
3 t8 r% w' B: s' b! X7 V$ g Resultado: impede-se que a humanidade seja aniquilada por terríveis pragas alienígenas S4 C4 S' @. M( i$ @
2. COBAIA ISOLADA9 E3 R6 y3 Z+ B( U- y: `3 L
Trabalho: reproduzir as condi??es de uma viagem espacial de longa dura??o em uma camara de isolamento. Fun??o realizada por engenheiros da Nasa, sem remunera??o alguma, mas que pega bem no currículo de candidatos a astronauta6 l+ b* D9 j6 U. K0 ^: x U! G5 [
Procedimento: ficar até 91 dias dentro da camara de isolamento com colegas. e4 t' q& X' h+ J. k. w
Resultado: é um ótimo teste para os equipamentos de naves espaciais e, principalmente, para os limites humanos. Os recentes incidentes incluem uma briga sangrenta e uma tentativa de estupro% q; z9 `7 ?$ F3 @
3. JANTAR DE MOSQUITO1 F- |' d/ b5 D0 n( `7 m8 n( a
Trabalho: estudar os hábitos e preferências alimentares do mosquito da malária1 G" r, D* T1 v0 G( o, Z
Procedimento: sentar-se dentro de um mosquiteiro gigante no meio da selva para atrair insetos sedentos de sangue. E, claro, servir de refei??o a eles
1 Z* A% Y% b k% m" b' H Resultado: 3 mil mordidas, numa média de 17 por minuto, coleta de até 500 espécimes em três horas e grande risco de contrair malária
" V8 H9 W) d6 I' a) S4 F" a 4. ASSASSINO DE SAPO! j. d- v9 J7 t k7 i L! U" T
Trabalho: verificar reflexos post-mortem em sapos
2 `% Z: B* n& K7 @ o( a Procedimento: no come?o de sua carreira em Harvard, Thomas Eisner instruía seus estudantes a assassinar sapos enfiando agulhas no cérebro. Em seguida, o professor aloprado ensinava a jogar ácido sobre a pele dos animais
- ]# ^' Q5 C6 j- F& F" f Resultado: o bicho morto come?a a se co?ar. é a prova de que os reflexos persistem após a morte% z$ C5 q( e7 K% }) z
5. EXPERT EM DISENTERIA L0 Y0 [( A9 J6 ~
Trabalho: analisar fezes infectadas pelo micróbio da disenteria
/ q/ b7 O4 _# F' a, @, M' \ n# V Procedimento: microscópios e um belo par de narinas6 X: Y" X9 i4 W8 g, T
Resultado: após centenas de amostras, os cientistas Tracy Wilkins e David Lyerly abriram uma fábrica de kits de coleta de fezes; hoje empregam 40 pessoas9 w7 m8 z/ w! i/ v2 B# Y! q
6. OPERADOR DE FíSTULA3 B3 `' m5 |. q0 j9 ?+ Y: d) P
Trabalho: alimentar o gado por um buraco (a fístula) no rúmen, espécie de pré-est?mago dos ruminantes2 Z) q) C' u# p/ P
Procedimento: é só destampar e enfiar a m?o para botar a comida lá dentro ou "sentir" a movimenta??o
$ W" R0 {/ o/ E5 s f* t* ]4 d+ m Resultado: estudo do funcionamento dos órg?os digestivos dos bovinos
) R. ^5 q; \$ n8 c. M 7. ECOLOGISTA DE ESPéCIES EM EXTIN??O2 x0 i! r3 T0 ~8 a" R
Trabalho: procurar os últimos animais de espécies em extin??o
5 x5 E3 N. b; v2 S Procedimento: capturar vivos alguns espécimes que ninguém vê há anos para tentar promover reprodu??o em cativeiro
( |1 Q$ L$ Z0 e0 M. z; ]) O# m Resultado: nulo, na maior parte das vezes. Mas como é mesmo aquele velho ditado? A esperan?a é a última que morre
4 E: _$ A& t S7 D* A9 e9 s 8. MASTURBADOR DE ANIMAIS/ |1 f7 Z/ Z( F6 P9 y t* {
Trabalho: recolher o esperma de animais, principalmente porcos, n" R- z9 O" V: W! T/ L( O
Procedimento: estimular manualmente o órg?o sexual do animal até provocar a ejacula??o. r& a! [, q+ ]% l2 H; f8 Q
Resultado: obten??o de amostra para estudo ou insemina??o artificial
, j# N# t6 `( N+ r7 B; p 9. COZINHEIRA DE CARCA?A
; L* t5 X7 c( O5 x8 W4 e# S Trabalho: preparar espécimes para exposi??o em museus de história natural+ f; z4 x3 g& a( V, ?
Procedimento: "limpar" carca?as em decomposi??o. A atividade inclui a fervura de partes do animal e taxidermia (rechear a pele para reproduzir o volume dos órg?os internos) |